Os 7 princípios da arquitetura de dados moderna e sua aplicação na prática

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August 19, 2020

Dados são o novo petróleo! Você já deve ter ouvido essa frase e se perguntou qual a lógica por trás dessa comparação. A explicação é simples: ela evidencia a transformação que a sociedade e os negócios têm passado nos últimos anos, no qual a coleta e análise de dados se tornou o mantra para tomada de decisões mais certeiras e melhores resultados.

Mas como responder às mudanças constantes do mercado, provocadas tanto pelo avanço tecnológico quanto pela agitação econômica? Não há um caminho isolado para solucionar essa questão, mas implementar uma arquitetura de dados moderna é essencial para a competitividade das empresas.

Neste post, vou aprofundar algumas questões importantes sobre a arquitetura de dados moderna, abordando seu conceito, importância, vantagens, motivos para investir, princípios que devem ser observados para obter sucesso e como organizar os dados, na prática. Continue a leitura para saber mais!

O conceito de arquitetura de dados e sua modernização

Como sabemos, a arquitetura de dados se refere à disposição que diferentes empresas adotam para organizar as informações, os ativos digitais e as relações entre eles. Hoje, as empresas precisam unificar dados complexos em suas organizações, e trazê-los para uma única visão integrada dos negócios.

Da mesma forma, os relatórios precisam ser rápidos e fáceis para que a companhia possa gerenciar as necessidades em constante mudança do seu segmento e dos seus clientes. A agilidade e a resiliência são fundamentais nesse processo, e somente arquiteturas de dados atualizadas podem oferecer às companhias as informações necessárias para se adaptar e permanecer relevantes.

Assim, uma organização eficiente e moderna deve garantir acesso aos dados com segurança, em um tempo adequado e de maneira inteligível para os usuários.

Arquitetura como processo de planejamento

A arquitetura de dados é um processo de planejamento que envolve a definição do que será coletado, bem como o estabelecimento de normas e padrões para a sua estruturação e ferramentas úteis para a extração, o armazenamento e o processamento. Esses procedimentos são essenciais para iniciar projetos que englobam a análise de dados, já que os manterão disponíveis e íntegros para serem utilizados futuramente.

Por isso, é importante considerar que a arquitetura de dados faz parte de uma visão estratégica para os negócios. Isso porque sua organização e planejamento são responsáveis por manter os processos alinhados com os objetivos da empresa.

A importância da arquitetura de dados moderna

A maior parte das informações apresenta uma estrutura ao ser capturada por soluções, como o Big Data. Dessa forma, as equipes de TI precisam saber como armazená-las e manipulá-las, realizando, para isso, uma arquitetura de dados.

Essa organização é crucial para melhorar o desempenho das empresas, já que sistematiza todas as informações coletadas por diferentes tecnologias. Essa dimensão pode ser melhor entendida ao se imaginar o quanto seria mais difícil aos gestores identificar as prioridades para tomada de decisões.

Informações organizadas geram bons planejamentos

Considerando a necessidade de informações organizadas para um bom planejamento nas empresas, a sua importância sobe às estratosferas. Isso porque a arquitetura de dados permite diversas possibilidades de captura, processamento e avaliação de dados, para serem utilizados como base para planos e ações.

Assim, com uma curadoria, os gestores conseguem traçar uma diretriz para não se perder em meio à imensidão de informações desestruturadas, fontes de despesas desnecessárias. Dessa forma, a arquitetura de dados reduz a complexidade de procedimentos operacionais e gera resultados positivos.

Os motivos para investir na arquitetura de dados

A necessidade de modernização aumenta, à medida que o mercado se modifica em um ritmo sem precedentes. Todos os dias, surgem novos desafios que expõem fraquezas em processos manuais ou lentos, que podem levar ao colapso da infraestrutura de TI.

Mas não precisa ser assim. As organizações podem investir na arquitetura de dados e tirar proveito do Analytics, que permite criar uma cultura de resiliência nas empresas, além de ajustar às transformações do mercado de forma ágil e eficiente.

Além disso, é possível obter insights valiosos para os negócios, e alguns estudos mostram o seu poder. Segundo levantamento da Forbes, grande porcentagem companhias afirmam que Analytics e Big Data transformaram profundamente as práticas de vendas e do marketing.

Os princípios básicos da arquitetura de dados moderna

Como ocorre em qualquer segmento relacionado à tecnologia digital, a arquitetura de dados está em constante evolução, e a implementação de uma estrutura atualizada exige uma análise importante para distinguir uma solução moderna de Data Analytics de uma desatualizada.

Por isso, os profissionais de TI e empresas que lidam com soluções analíticas sabem que uma arquitetura de dados só proporciona bons resultados quando se orienta por princípios básicos, como os que listo, a seguir.

1. Orientada a resultados

Uma arquitetura de dados moderna é centrada nos negócios, não em TI. Isso significa gerar melhores resultados para a empresa. Assim, ela deve ser focada na obrigação de atender às novas demandas que surgem na indústria, e que precisam de respostas rápidas e certeiras.

2. Automação

Essa é uma premissa básica: automatizar as tarefas manuais para garantir que não está construindo processos frágeis. Pelo menos é o que fica evidenciado nos dados do Gartner. Segundo a empresa, mais de 40% das tarefas da Ciência de Dados são automatizadas.

3. Flexibilidade

Um sistema atualizado deve ser flexível o suficiente para lidar com os casos de uso ainda não previstos. Uma arquitetura de dados moderna também é elástica, aproveitando o poder da computação na nuvem para proporcionar escalabilidade instantânea sob demanda.

4. Adaptável

A solução deve ser capaz de se adaptar às demandas da nova economia e ao cenário de mudança contínua. As organizações podem adicionar definições e parâmetros, à medida que as necessidades da empresa se expandem. Isso significa que ela não está limitada ao formato de trabalho que realiza hoje.

5. Inteligente

O irreversível avanço de novas tecnologias, como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, nos permite afirmar que elas são inovações mandatórias para operacionalizar insights automatizados. A funcionalidade orientada a IA pode ajudar os usuários a coletar dados que permitam a identificação de tendências e padrões, facilmente ignorados por humanos.

6. Segurança

É claro que devem ser seguras, garantindo a governança em toda a cadeia de fornecimento de informações. Os sistemas precisam proteger de invasão externa, mas também, controlar o acesso interno. Somente usuários internos devem ter permissão para acessar e usar as informações apropriadas para suas funções.

7. Colaboração

Por fim, uma arquitetura de dados moderna deve ser colaborativa, o que permite dar suporte para o compartilhamento das informações coletadas de vários departamentos ou mesmo fora da empresa, garantindo que todos estejam trabalhando com os mesmos dados.

As principais vantagens da arquitetura moderna

Quando os dados estão dispostos em uma arquitetura inteligente, além de ser encontrados com mais facilidade, eles se transformam em um diferencial. Isso porque nas empresas onde há uma diretriz consistente de dados, com base nos princípios comentados, fica muito mais fácil aproveitar sistemas como o Big Data.

Gerenciamento de dados corporativos

As organizações que usam as informações brutas armazenadas têm prejuízos por não entender que o gerenciamento de dados corporativos é uma necessidade básica, pois permite uma visão ampliada da cadeia de produção. Assim, as informações são ativos importantes para a diferenciação no mercado, trazendo bons resultados, independentemente do tamanho da empresa.

Eficiência corporativa

Uma visão mais ampla e profunda de todos os processos do negócio auxilia o gestor de TI a ter insights em relação aos clientes e entender os dados mais importantes para a empresa. A arquitetura moderna de dados também ajuda a criar um vocabulário comum compartilhado, que melhora o desempenho das equipes e evita a perda de tempo com discussões.

Além disso:

  • reduz os custos;
  • otimiza o fluxo das informações corporativas;
  • atualiza os arquivos;
  • gera confiança nas organizações;
  • elimina a necessidade de movimentação;
  • exclui cópias desnecessárias;
  • simplifica tarefas;
  • melhora a disponibilidade de sistemas.

Controles de acesso a dados

A arquitetura de dados aumenta a segurança do consumo das informações e o controle dos acessos. Ela ajuda os gerentes de TI a criar políticas para o acesso e regras de governança essenciais para negócios bem-sucedidos.

A organização dos dados, na prática

Periodicamente, uma empresa recebe uma grande quantidade de informações, que precisam ser armazenadas e tratadas para serem apresentadas em determinado momento. Para otimizar esse fluxo, também é necessário um sistema próprio de categorização, que pode variar de acordo com o projeto, podendo ter algumas particularidades conforme a área do negócio.

Nesse momento, o mapa de coleta orienta sobre quais dados devemos receber em nosso “estoque” e como eles deverão ser classificados. Nesse sentido, a definição de uma nomenclatura padronizada para categorizar os dados é essencial para manter uma lógica uniforme em todos os níveis de informação e em todo o período de coleta do projeto.

O objetivo disso é possibilitar a localização de qualquer dado, a todo momento, aplicando a lógica da nomenclatura. Nessa etapa, é importante ter definidas as ferramentas de coleta, armazenamento e análise, já que o mapa de coleta é estruturado com base em suas particularidades técnicas.

Recursos necessários

Para finalizar o plano de arquitetura de dados, é preciso olhar para tudo que foi levantado e identificar os recursos necessários para essa etapa. Aqui, o objetivo é saber quantos profissionais especializados precisam se envolver, o período e o custo necessários para deixar tudo pronto para o recebimento dos dados.

Nesse momento, é possível surgir a necessidade de ajustes nas definições anteriores para que o planejamento se adeque às características do projeto, como budget, cronograma, entre outros.

Continuidade do projeto

Assim como em qualquer programa de qualidade aplicado às empresas, é preciso dar continuidade ao projeto, com revisões periódicas para melhorias e atualizações. Essa é uma responsabilidade do arquiteto de dados, que deve promover alterações necessárias, com base nas diretrizes iniciais.

Além disso, é importante considerar o desenvolvimento do projeto, que pode demandar um replanejamento. Assim como uma cidade que cresce e necessita de um planejamento urbano para manter a ordem e a organização, um projeto corporativo tende a amadurecer digitalmente, demandando reestruturação para um desenvolvimento ordenado, com o crescimento na troca de dados.

Como pôde verificar, a arquitetura de dados moderna é crucial para as empresas que desejam aumentar a competitividade, já que as constantes mudanças no mercado exigem respostas rápidas. Assim, as organizações que apresentam maior capacidade de coleta e análise de dados conseguem obter embasamento para tomada de decisões mais certeiras.

As informações deste post foram relevantes? Para saber mais sobre o avanço da tecnologia, leia também o artigo que mostra os 13 maiores benefícios da computação em nuvem.


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